Se perguntarem a cem pessoas o que é Taizé, certamente que terão cerca de cem respostas diferentes. Este lugar tem a particularidade de tocar a cada um de modo especial(mente) diferente. A experiência universal é a de comunidade, porém é unica a vivência de cada um e, na minha opinião, só assim faz sentido. Afinal, hoje em dia, são poucos os lugares onde é verdadeiro o sentido e o sentimento de comunhão que impera. Quando estamos neste lugar e partilhamos este sentir, Taizé deixa de ser só um lugarzinho algures em França e passa a existir em espírito e passa também a ser possivel existir em todos os lugares onde se queira vivê-lo. Foi neste sentido que mais de três mil e quinentos jovens se deslocaram até à cidade invicta para (re)encontrar Deus, o espirito de Taizé /de comunidade e até algumas caras conhecidas de uma ou outra semana naquelas terras de França.
Os quatro dias fluiram como água de um rio, so que este correu ao contrário, da Foz até à Fonte; pois à medida que os dias passavam chegavamos mais perto do que eram as "Fontes da Alegria". O esquema dos dia era sensivelmente semelhante: Alimentavamo-nos com a oração da manhã na paróquia, para logo dispender a energia nas reflexões de grupo. Era então necessário repor energias com um almocinho em família para pôr mais conversa em dia. Chega então, novamente, a hora de gastar energias com o convite para comparecer num dos variadissimos workshops espalhados pelo Porto. A lógica permanece e eis que é hora de jantar jun
to dos restantes jovens, filas, cartões de refeições, comidinha bastante boa e comer no chão, claro está, para logo nos chegarmos até ao chá quentinho). Depois, logo ali ao lado, prepara-se já o ambiente para se dar inicio à esperada oração da noite, com a presença do irmão Allois que todas as noites nos presenteava com o dom da sua palavra. Com a noite e o frio bem marcados é hora de entrar no metro e no autocarro para regressar a casa e conversar mais um pouco com a nova família que espera a tarde toda por nós com um leitinho quente para saber como foi o nosso dia...
De facto, criaram-se laços de verdadeiras familias, não de sangue é certo, mas de Cristo. A verdadeira novidade de um encontro de Taizé para mim foi esta, a certeza que temos uma família muito maior do que conhecemos, esta certeza de que Deus nos criou para vivermos em Comunhão com toda a familia da Igreja. E foi/é tão bom sentir que esta família está sempre de braços abertos e pronta para nos acolher na sua casa.
Um enorme Obrigado por nos deixarem sentir em casa. E até muitíssimo breve!
Pai Zé, Mãe Luísa, Mana Cristina, Avó Olga, Tia Cota Amália, Pai Paulo e pequena Beatriz, Ricardo ... sorriso *