quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Até ter uns nove anos escrevia religiosamente todas as noites...
Há dias assim, em que me volta a apetecer pegar na caneta e num caderno de cadeado, onde lembro esconder a chave num canto recondido da minha parteleira, e depois escrever... escorrer palavras como rio a bater nas pedras com a força dos sentires.
Mas logo a seguir começo a escrever, acalmo a força do rio e ele já só amacia as pedras com carinho, só para deixar uma marca e seguir, esquecendo os sentires pesados das margens que ficam para trás e que dão vontade de correr àquele canto escondido da parteleira, como quando tinha nove anos...

2 comentários:

Rafa disse...

e porque não correr até ele?
as folhas de papel não falam...só ouvem...e há dias em que só se quer "gritar" às "pedras" aquilo que não conseguimos dizer ás pessoas...ou que não queremos dizer...

...e ver as chamas engolir os nossos desabafos momentâneos....eu sei que é coisa de pré-adolescente..mas eu lembro-me que, das poucas vezes que escrevi, a sensação do destruir o escrito era bastante libertadora...

Andreiita disse...

gosto de boas ideias. ^^)